Por Priscylla Silva
O Aeroporto de Goiânia recebe autorizações e negocia rotas internacionais, sendo elas Europa, EUA e Argentina — Manaus, Recife, Brasília, São Paulo e outros já operam voos diretos para os Estados Unidos em 2025.
O Aeroporto Internacional Santa Genoveva, em Goiânia, está cada vez mais próximo de consolidar sua posição como ponto de partida para voos diretos ao exterior. Autoridades municipais e federais vêm negociando a inclusão da capital goiana na malha aérea internacional, com rotas previstas para a Europa, Estados Unidos e Argentina.
A iniciativa faz parte de um plano estratégico para fortalecer a infraestrutura aeroportuária e posicionar Goiânia como um novo polo de conexões internacionais no Centro-Oeste. As tratativas envolvem companhias aéreas de grande porte interessadas em operar voos regulares, com destaque para possíveis ligações diretas com Lisboa (Portugal), Flórida (EUA) e Buenos Aires (Argentina).
Aeroporto já tem aval técnico e estrutura em expansão
Embora o aeroporto tenha recebido a autorização oficial para operar voos internacionais desde 2020, as rotas regulares ainda não começaram a funcionar. Segundo informações do próprio terminal, a infraestrutura necessária já está praticamente pronta: a pista foi considerada apta para aeronaves de médio e grande porte, o sistema aduaneiro foi estruturado e os órgãos de controle — como Polícia Federal, Anvisa e Receita Federal — estão em processo de adequação de espaços para atuar em caráter permanente.
Nos bastidores, representantes do Ministério de Portos e Aeroportos e do Ministério do Turismo reconheceram que o aeroporto goiano tem condições técnicas plenas para iniciar operações internacionais. O que falta, agora, é o ajuste comercial com as companhias aéreas que estudam o potencial de demanda das novas rotas.
Lisboa, Flórida e Buenos Aires: os primeiros destinos em pauta
Entre as possibilidades analisadas, Lisboa desponta como a principal rota europeia em discussão, devido à forte ligação histórica e cultural entre Brasil e Portugal, além do interesse turístico crescente entre as duas regiões. Já nos Estados Unidos, as conversas se concentram em uma conexão com o estado da Flórida, tradicional porta de entrada de brasileiros e destino preferido para turismo e negócios.
A terceira frente de negociação envolve Buenos Aires, na Argentina — um dos destinos internacionais mais procurados por turistas brasileiros e que também representa alto fluxo de visitantes estrangeiros ao Brasil. Essa rota é vista como uma das mais viáveis a curto prazo por causa da proximidade geográfica e da facilidade de operação para aeronaves de médio alcance.
Goiânia no radar da aviação internacional
Nos últimos meses, encontros entre autoridades municipais e federais reforçaram o interesse em ampliar a presença de Goiás no mapa da aviação internacional. O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, destacou que o investimento na internacionalização do aeroporto representa “um passo importante para fortalecer a economia regional e atrair novos negócios, além de facilitar o acesso de turistas e investidores estrangeiros”.
Especialistas do setor também apontam que o posicionamento estratégico de Goiânia — no centro do país — pode transformar Santa Genoveva em hub aéreo regional, permitindo conexões ágeis entre o interior do Brasil e os principais aeroportos internacionais do mundo.
Outros aeroportos brasileiros já decolam rumo aos EUA
Enquanto Goiânia se prepara para estrear na rota internacional, outras cidades brasileiras já ampliaram suas ligações diretas com o exterior. Em 2025, aeroportos como Manaus, Belém, Recife, Campinas, Brasília e São Paulo (Guarulhos) operam voos regulares para os Estados Unidos, atendendo destinos como Miami, Orlando, Fort Lauderdale, Nova York e Houston.
O movimento de expansão tem sido impulsionado pelo crescimento do turismo e por políticas federais que incentivam a descentralização das rotas internacionais — o que fortalece aeroportos regionais e reduz a sobrecarga dos grandes centros.
Voos diretos de Belo Horizonte para os Estados Unidos
Do Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte, já partem rotas diretas ligando Minas Gerais aos Estados Unidos. A Azul Linhas Aéreas opera voos para Fort Lauderdale (Flórida) com três frequências semanais, retomando a rota em julho de 2025 com partidas programadas às quartas, quintas e domingos.
Outra rota importante é a ligação para Orlando, operada também pela Azul, que faz parte da malha internacional de Confins.
Essas conexões diretas são sazonais ou têm parte da operação condicionada à demanda e à disponibilidade de aeronaves capazes de cumprir o trajeto com autonomia suficiente.
Um novo horizonte para Goiás
Se confirmadas, as novas rotas internacionais marcarão um divisor de águas na história da aviação em Goiás. Além de aproximar o estado de destinos estratégicos no exterior, os voos devem impulsionar o turismo, gerar empregos diretos e indiretos, e atrair investimentos na rede hoteleira, gastronômica e de serviços.
Com negociações avançadas e estrutura pronta para receber passageiros de outros países, o Aeroporto Santa Genoveva caminha para se tornar um dos mais importantes do interior brasileiro — uma nova porta de entrada e saída do país rumo ao mundo.
//Fontes: Goiás GOV; Autimob; Portal 6; Agência Pará; Achei USA.