Segundo avaliação do mercado financeiro, um assunto que vem ganhando destaque é o interesse da “Companhia Aérea Azul” em avaliar potencial de possível compra da “Gol” – a empresa passa por momento delicado no âmbito das finanças. Para isso, a “Azul” contratou assessores financeiros da “Guggenheim Securities”, o banco de investimento da “Guggenheim Partners”, e o “Citigroup”, para tentar negociar ao menos parte da “Gol”, de acordo com pessoas próximas que acompanham o desfecho dessa negociação.
Os dois bancos vão ajudar a “Azul” a decidir pela compra de uma parcela ou mesmo pela totalidade da “Gol”, segundo comentários ventilados nos bastidores. Um terceiro cenário é o negócio não evoluir. Acontece que atualmente, a “Gol” está sob proteção do “Chapter 11”, o equivalente nos EUA à recuperação judicial do Brasil. Uma eventual proposta da “Azul”, no entanto, precisaria ser aprovada pelos credores da Gol.
Em meio ao disse que disse, os rumores no mercado sobre a transação impulsionaram os papéis de “Gol” e “Azul” na terça-feira (5), sendo que as ações de ambas subiram cerca de 5% por volta das 15h30.
Vale lembrar que o processo de recuperação da “Gol” iniciou no final de janeiro. A partir daí, a Justiça de Nova York autorizou um empréstimo de US$ 1 bilhão para a companhia na modalidade “Debtor-in-Possession (DIP)”. O montante tem sido liberado gradualmente. Até o momento, a companhia aérea teve acesso a US$ 550 milhões, com US$ 450 ainda a serem recebidos.
Além da busca por mais capital, a “Gol” também negocia com arrendadores. Na semana passada, a irlandesa “AerCap”, uma das principais arrendadoras da companhia, concedeu uma extensão de 30 dias no prazo para negociações. Até 25 de março, a aérea brasileira pode continuar utilizando as 39 aeronaves arrendadas, assim como motores e equipamentos relacionados.
Em 2021, o grupo chileno “Latam” também foi sondado pela “Azul” enquanto passava pelo processo de “Chapter 11”. O plano de recuperação judicial da companhia previa um aporte de cerca de US$ 8 bilhões.
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