O Brasil registrou 258 mortes causadas por dengue nesta sexta-feira (1º), 44 a mais que no dia anterior. Também foram registrados mais de 21 mil casos e 651 mortes continuam sob investigação. A taxa de incidência da doença aumentou para 511,4 por 100 mil habitantes. O Distrito Federal é a região com o maior coeficiente de incidência no país, seguido por Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Goiás. A faixa etária mais acometida é a de 30 a 39 anos, seguida por aqueles que têm entre 40 a 49 e 50 a 59. Mulheres são as mais infectadas pela dengue (55,4%).
Devido ao aumento de casos, seis estados brasileiros (Acre, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina) e o Distrito Federal decretaram estado de emergência em saúde pública devido à dengue. Em resposta a essa situação, o Ministério da Saúde anunciou a realização de um Dia Nacional de Mobilização contra a Dengue no próximo sábado (2), como parte dos esforços para conter o avanço da doença.
Além disso, a pasta vai destinar R$ 1,5 bilhão para estados e municípios para apoiar no combate à dengue. Um primeiro repasse de R$ 23,4 milhões foi autorizado nesta terça-feira (27) para locais que decretaram estado de emergência por dengue ou outra arbovirose.
Gestantes com dengue
O Brasil registrou 5.151 casos de gestantes infectadas pela dengue nas seis primeiras semanas epidemiológicas de 2024 – até 10 de fevereiro. Esse número representa um aumento de 345,2% em comparação ao mesmo período de 2023, quando foram 1.157 diagnósticos.
A região Sul apresentou o maior aumento percentual, com 1.088,7%, seguido do Sudeste (392,2%) e Centro Oeste (346,3%). Os dados constam no Manual de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento da Dengue na Gestação e no Puerpério, divulgado nesta sexta-feira (1º), pelo Ministério da Saúde.
Segundo o documento, mulheres grávidas têm um risco maior de desenvolver a forma grave da doença do que as não gestantes. Do total de casos registrado neste ano, 4,4% evoluíram para um quadro considerado crítico.//r7