Um candidato a vereador foi preso na manhã da quinta-feira (19) por suspeita de tráfico humano, em Minas Gerais. O político é apontado como integrante de um grupo criminoso que levou mais de 70 brasileiros, entre eles crianças e adolescentes, de forma ilegal para os Estados Unidos, de acordo com a Polícia Federal (PF). O nome do investigado não foi revelado.
Conforme a investigação, o candidato a vereador era responsável por captar brasileiros para serem contrabandeados por um suspeito de Governador Valadares. Dois mandados de prisão preventiva são cumpridos nos municípios mineiros de Ipanema e Governador Valadares, um deles destinado ao candidato a vereador. A PF não informou em qual localidade o suspeito tenta ser eleito.
A 2ª Vara Federal de Governador Valadares/MG também expediu oito mandados de busca e apreensão e o sequestro de bens e valores até o limite de R$ 8,6 milhões, na operação denominada Expedition.
Os investigados responderão pelos crimes de promoção de emigração ilegal, envio irregular de criança e de adolescente para o exterior e associação criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 16 anos de reclusão.
O candidato a vereador passou a ser investigado depois da deflagração da Operação Reféns, no ano passado. Na ocasião, os agentes da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) atuavam contra uma organização criminosa do tráfico de drogas e encontraram “evidências” de que o atual candidato a vereador participava do esquema de tráfico de pessoas.
“Com o compartilhamento de provas, autorizado judicialmente, a Polícia Federal aprofundou nas investigações que revelaram uma associação criminosa para a promoção da emigração ilegal que já teria enviado mais de 70 pessoas para os Estados Unidos”, informou a PF.
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