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Charleston fica entre as 10 piores cidades dos EUA para dirigir em 2025

Um novo estudo da ConsumerAffairs, com base em estatísticas da National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), colocou Charleston entre as dez cidades mais perigosas dos EUA para dirigir em 2025 — um salto impressionante em relação a 2024, quando a cidade ficou em 133º lugar no ranking nacional. 

Números que apontam gravidade

  • Em 2025, já foram registradas 23 mortes no trânsito na cidade, correspondente a 15,13 óbitos por 100 mil habitantes. Esse índice supera a média nacional de 12,31 mortes por 100 mil residentes.
  • Destas mortes, 13 foram associadas a acidentes com excesso de velocidade, o que dá uma taxa de 8,55 por 100 mil habitantes, mais que o dobro da média nacional (3,54).
  • Além disso, 5 mortes envolviam motoristas alcoolizados (positivos para teor alcoólico), com taxa de 3,29 por 100 mil, bem acima da média nacional de 1,95.
  • De acordo com uma pesquisa vinculada ao estudo, 1 em cada 4 condutores admite usar o celular ao volante, e mais de 80% reconhecem ultrapassar o limite de velocidade ocasionalmente.  

Esse comportamento tem impacto direto: o relatório da ConsumerAffairs aponta que Charleston tem uma das taxas mais altas de mortes envolvendo álcool nos EUA — com 7,24 por 100 mil habitantes, ocupando o quarto lugar nacional nessa métrica

Fatores que explicam a escalada

O salto da 133ª para a 10ª posição no ranking nacional em apenas um ano evidencia uma deterioração rápida nas condições de segurança viária da cidade.  O estudo aponta especialmente os casos de velocidade excessiva e direção sob efeito de álcool como causas principais da ascensão de Charleston no ranking. 

Em nível estadual, South Carolina já enfrenta desafios emblemáticos: o plano rodoviário do estado para 2024–2026 (Highway Safety Plan) revela que os óbitos relacionados à velocidade e à condução com álcool apresentam tendências elevadas, com metas de redução definidas para os próximos anos. 

Comparações e contexto mais amplo

Para colocar em perspectiva:

  • Charleston sofre uma taxa de mortes no trânsito bastante acima da média nacional (15,13 vs. 12,31) — o que a torna um caso alarmante entre cidades de porte médio.
  • Em nível estadual, o plano de segurança rodoviária de South Carolina estima que os acidentes relacionados à velocidade representam cerca de 44% das mortes no trânsito e aqueles envolvendo álcool correspondem a aproximadamente 30%.
  • O relatório da ConsumerAffairs (Worst Drivers in America 2025) aponta ainda que Charleston ocupa o 11º lugar na taxa nacional de mortes por velocidade e o 4º lugar no ranking de mortes por teor alcoólico.


Enquanto isso, em âmbito nacional, nota-se uma tendência de queda nas mortes no trânsito nos EUA: no primeiro semestre de 2025, os óbitos por acidentes rodoviários caíram 8,2% em relação ao mesmo período de 2024, atingindo o menor nível desde 2020, segundo a NHTSA.  Isso indica que, embora os números gerais melhorem, cidades como Charleston destoam dessa tendência positiva.

Desafios para reverter o quadro

Especialistas em segurança viária apontam que a mudança de comportamento — uso de celular, velocidade, sobriedade — é tão essencial quanto intervenções estruturais. A legislação estadual já tem tentado avançar: a partir de 1º de setembro, entrou em vigor a lei “Hands-Free and Distracted Driving Act”, que proíbe o uso manual do celular enquanto dirige. 

Ainda assim, leis isoladas têm efeito limitado se não forem acompanhadas por fiscalização, campanhas educativas e melhorias na infraestrutura das vias. Observando casos de outras cidades com altas taxas de mortalidade no trânsito, estratégias eficazes normalmente combinam:

  • fiscalização reforçada e uso de tecnologia para detectar infrações (radares, câmeras),
  • campanhas contínuas de conscientização no trânsito focadas em jovens e condutores de risco,
  • melhoria no desenho de vias, sinalização, faixas de desaceleração, e
  • parceria com comunidades e grupos de interesse locais para reforçar a cultura de segurança no trânsito.



//Fontes: WCIV; NHTSA 

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