O governador Ron DeSantis suspendeu oficialmente a sua campanha para indicação presidencial em anúncio feito no domingo (21). Ele declarou apoio ao principal candidato do Partido Republicano, Donald Trump, antes das primárias de New Hampshire, onde deveria ficar atrás do ex-presidente e da ex-embaixadora da ONU, Nikki Haley. Apontado como principal adversário de Trump, DeSantis foi determinante em seu discurso, ao desistir da corrida pela Casa Branca em 2024.
Embora demonstrasse empenho na campanha presidencial, disposto a desbancar a bagagem política de Trump, o governador da Flórida não conseguiu cortejar os apoiantes do ex-presidente, não obtendo apoio suficiente para continuar na disputa. Com a desistência, a ex-embaixadora da ONU, Nikki Haley, agora, é a principal adversária do ex-presidente.
A adesão de DeSantis às políticas de extrema-direita também levou os republicanos moderados e os independentes a procurar outro lado, um candidato para liderar o Partido Republicano numa direção diferente da de Trump. No final, o governador só conseguiu um distante segundo lugar nas convenções de Iowa.
DeSantis entrou na corrida presidencial republicana com uma operação política impressionante e ampla popularidade no partido. Obteve uma vitória esmagadora na reeleição em 2022 na Flórida, que durante décadas foi um dos estados mais divididos do país.
Mas o ímpeto inicial do governador dissipou-se rapidamente após oficializar a sua candidatura, no meio de ataques implacáveis da máquina Trump, bem como dos seus próprios erros.
Quando DeSantis lançou oficialmente a sua candidatura à Casa Branca em maio de 2023, um evento fracassado no “Twitter Spaces” com Elon Musk tornou-se emblemático de uma campanha que foi muitas vezes ofuscada por lutas internas e problemas financeiros.
No centro da mensagem da campanha de DeSantis estava um discurso para levar seu plano para a Flórida à nação. O governador prometeu desmantelar o “estado administrativo” do governo federal, terminar o muro da fronteira sul e limitar a influência chinesa nos EUA e no estrangeiro. Os temas conservadores que se tornaram constantes de sua administração na Flórida também entraram na campanha.
DeSantis atacou Trump regularmente nos seus discursos, repreendendo o ex-presidente por não cumprir as promessas de campanha de 2016, como a construção de um muro na fronteira, por se recusar a participar nos debates primários e pela forma como lidou com a pandemia de Covid-19.//NGente