A atual vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, recebeu o apoio do presidente Joe Biden — que anunciou no domingo, 21, sua desistência de tentar a reeleição — para substituí-lo na disputa contra Donald Trump.
A decisão de Biden altera a dinâmica da corrida pela Casa Branca. Embora o atual presidente tenha apoiado Harris, ela ainda precisará ser formalmente escolhida como candidata durante a convenção do Partido Democrata, que ocorrerá de 19 a 22 de agosto.
Filha de imigrantes (mãe indiana, pai jamaicano), Kamala Harris, de 59 anos, foi a primeira mulher a ocupar o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos. Agora, ela pode ser a escolha do Partido Democrata para evitar que o republicano conquiste a presidência novamente.
Pesquisas
Uma pesquisa eleitoral da CNN divulgada na quarta-feira, 24, mostra o republicano com 49% das intenções entre eleitores registrados, enquanto a democrata possui 46%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos – o que indica empate técnico entre Kamala Harris e Donald Trump em intenções de voto.
Em uma outra pesquisa anterior da Reuters/Ipsos divulgada na terça-feira, 23, mostra Harris, empatada tecnicamente com o republicano Donald Trump. Kamala está com 44% e Trump, com 42%.
A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais, ou seja, a situação indica um empate técnico. O levantamento foi realizado entre segunda e terça –após a desistência de Joe Biden da corrida presidencial– e entrevistou 1.241 adultos em todos os EUA, incluindo 1.018 eleitores
Busca por votos
Já em uma pré-campanha, Harris defendeu a mobilização de eleitoras negras em Indianápolis. “Eu acredito profundamente na promessa da América, uma promessa de liberdade, oportunidade e justiça. Não para alguns, mas para todos”, disse Harris durante comentários no Grand Boule’ da irmandade negra.
Ela enfatizou para milhares de membros da irmandade o papel que as mulheres negras desempenharam na trajetória do presidente Joe Biden até a Casa Branca em 2020 e expressou a importância dos votos delas em novembro.
Já Trump e a sua campanha estão trabalhando para reimaginar um manual e uma operação lançados para enfrentar Biden. Trump reagiu à mudança no cenário político atacando sua provável nova oponente, lamentou que os republicanos foram forçados “a desperdiçar muito tempo e dinheiro” antes da mudança democrata e sugeriu que a “administração Biden/Harris ” foi a culpada pela tentativa de assassinato contra sua vida.
Os conselheiros seniores de Trump continuam a sugerir que uma campanha contra Harris foque em grande parte nas mesmas questões outrora utilizadas para criticar Biden: crime, imigração e inflação. Como segundo em comando de Biden, Harris desempenhou um papel fundamental na definição desses tópicos.//Gnews