Funcionários do governo dos EUA estão se movendo rapidamente para cumprir as ordens de Donald Trump de transformar a base naval americana em Guantánamo em um grande complexo de detenção de imigração. Planeja-se enviar voos diários para lá com migrantes detidos, segundo funcionários dos EUA familiarizados com as deliberações.
Até agora, dois voos militares foram enviados para Guantánamo nesta semana com menos de duas dúzias de migrantes, alguns alegadamente ligados à gangue criminosa venezuelana Tren de Aragua, que deve ser classificada como grupo terrorista estrangeiro sob a direção de Trump. No entanto, o objetivo da administração é enviar grupos de migrantes não autorizados dos EUA para Guantánamo diariamente, usando aviões militares para transportar e realocar os detentos.
A Secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, planeja visitar Guantánamo na sexta-feira para avaliar os esforços na preparação de espaço suficiente para abrigar até 30.000 migrantes, conforme solicitado por Trump em uma ordem executiva na semana passada. As instalações da base naval estão sendo preparadas com tendas para abrigar até 2.000 migrantes na fase inicial, mas os membros da gangue venezuelana foram classificados como “detentos de alta ameaça” e estão sendo mantidos em células de alta segurança.
A iniciativa de transformar Guantánamo em um local de detenção em grande escala para migrantes é uma parte fundamental dos planos de Trump para a maior operação de deportação da história americana. Com as instalações de detenção já acima da capacidade, a ICE (Serviço de Imigração e Alfândega) busca alternativas para encontrar mais espaço, incluindo a instalação de novos centros e o uso de bases militares.
Entretanto, a conversão da base em um local de detenção enfrenta desafios legais e operacionais, como a falta de segurança adequada e disputas sobre a custódia legal dos migrantes.
Fonte: CBS