O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta quarta-feira (13), a revogação de vistos de brasileiros ligados ao programa Mais Médicos. Entre os atingidos estão Mozart Julio Tabosa Sales, secretário do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-coordenador-geral da COP30, que integravam a pasta quando o programa foi implementado. Ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) também foram incluídos na lista.
A medida foi anunciada pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e faz parte de uma ofensiva contra iniciativas que envolvem o envio de médicos cubanos a outros países, consideradas por Washington como “esquemas de exportação de trabalho forçado do regime cubano”. Rubio, filho de imigrantes cubanos e crítico ferrenho ao governo da ilha, classificou a ação como um “acerto de contas”.
Segundo o Departamento de Estado, autoridades brasileiras usaram a OPAS como intermediária para viabilizar o programa sem seguir requisitos constitucionais e para repassar pagamentos ao governo cubano, burlando sanções impostas pelos EUA. O comunicado também cita relatos de dezenas de médicos cubanos que denunciaram exploração pelo regime durante a participação no Mais Médicos.
A decisão ocorre semanas após Washington revogar os vistos de oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), numa tentativa de influenciar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Além do Brasil, autoridades de Cuba, países africanos e da ilha de Granada também foram alvo de medidas semelhantes.
Fonte: Metrópoles