O furacão Francine atingiu a Louisiana, no sul dos Estados Unidos, na quarta-feira (11), e embora tenha perdido um pouco de força após tocar a terra com chuvas e ventos fortes, causou inundações, cortes de energia e alguns danos materiais.
Após seu ingresso em território continental, Francine agora tem ventos de 140 km/h, sendo rebaixado a um furacão de categoria 1, em uma escala de 5. Quando impactou as costas da Louisiana por volta das 19h (no fuso horário de Brasília), perto de Morgan City, seus ventos eram de 155 km/h (categoria 2).
Imagens de emissoras de TV locais e nas redes sociais mostraram chuvas e ventos afetando cidades costeiras de jurisdições territoriais do estado, que realizaram evacuações obrigatórias desde terça-feira (10).
Também foram registradas inundações em algumas ruas, e sacos de areia foram distribuídos para conter o avanço da água. Alertas de possível tornado permanecem ativos para essas jurisdições. Mais de 221 mil clientes estavam sem energia elétrica na Louisiana, segundo o portal de monitoramento poweroutage.us.
Francine também representa uma ameaça para a área metropolitana de Nova Orleans, onde os abrigos estavam lotados.
“As condições estão piorando rapidamente na área metropolitana de Nova Orleans à medida que se aproximam os ventos mais fortes e as chuvas mais intensas (…). Abriguem-se no local e mantenham-se afastados das janelas!”, alertou a filial do Serviço Meteorológico para a região.
Parte da área que está na trajetória estimada do furacão sofreu o impacto dos devastadores furacões Katrina (2005), Laura (2020) e Ida (2021).
O National Hurricane Center informou que a expectativa é de um “enfraquecimento rápido” e que o sistema “deve se tornar um ciclone pós-tropical na noite de quinta-feira ou na sexta-feira”.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou estado de emergência na Louisiana, medida que permite liberar fundos federais para ajudar as autoridades locais.
Francine é o sexto fenômeno meteorológico da temporada de 2024 no Atlântico, que vai de junho a novembro. Antes, em agosto, o furacão Ernesto causou chuvas e apagões em Porto Rico. Previamente, circularam Debby, Chris, Beryl e Alberto.
De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), a temporada de furacões deste ano no Atlântico está agitada, já que a alta temperatura do oceano aumenta a intensidade desses fenômenos. Esperam-se 25 tempestades, das quais 13 seriam furacões.
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