O governo Trump intensificou nesta semana sua ofensiva contra as chamadas “cidades santuário” — municípios e estados que se recusam a cooperar com as autoridades federais de imigração. Tom Homan, conselheiro especial de imigração da Casa Branca, declarou em entrevista que essas localidades estão oficialmente “sob aviso”.
“Promessa feita é promessa cumprida”, afirmou Homan no programa The Faulkner Focus, da Fox News. “O presidente prometeu agir contra as cidades santuário, e é exatamente isso que estamos fazendo.”
O Departamento de Justiça, liderado pela procuradora-geral Pam Bondi, divulgou uma lista de jurisdições que, segundo o governo, estão obstruindo a aplicação das leis federais de imigração. Entre os citados estão grandes cidades como Nova York, Boston e Chicago, além de estados como Califórnia, Colorado e Minnesota — todos com governos majoritariamente democratas.
A administração alega que essas localidades usam leis e decretos locais para impedir o cumprimento das normas federais. Homan defende que a colaboração com o ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas) é essencial, especialmente quando imigrantes ilegais com antecedentes criminais estão sob custódia. “Queremos prender esses indivíduos na segurança da prisão, em vez de soltos nas ruas”, explicou.
A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, também criticou a falta de apoio das autoridades locais, dizendo que isso coloca em risco a segurança dos agentes federais. “É muito difícil trabalhar em cidades onde não há cooperação com as forças locais”, afirmou.
Apesar da pressão federal, prefeitos democratas continuam a resistir. O prefeito de Chicago, Brandon Johnson, declarou recentemente que sua cidade “jamais cooperará com o ICE”. Já a prefeita de Boston, Michelle Wu, chegou a criticar o uso de máscaras por agentes federais, comparando a prática a grupos extremistas, o que gerou forte reação do DHS nas redes sociais.
Além das tensões políticas, doze congressistas democratas entraram com um processo contra a administração Trump, alegando que a nova política do DHS — que impõe restrições de acesso a centros de detenção — viola prerrogativas do Congresso.
Homan rejeitou as críticas, argumentando que a maioria dos imigrantes presos pelo ICE são criminosos, e que as acusações da mídia não refletem a realidade. Em julho, o DHS divulgou crimes de alguns detidos, como tráfico de metanfetamina e abuso sexual de crianças.
Fonte: FoxNews