A administração Trump está utilizando a inteligência artificial (IA) como peça-chave em sua estratégia de repressão à imigração ilegal. Desde que reassumiu o poder, Trump decretou emergência nacional, reverteu políticas do governo Biden e agora aponta um novo caminho: usar IA para acelerar deportações, reduzir burocracias e identificar imigrantes em situação irregular com mais precisão.
Segundo a Casa Branca, a IA será essencial para reforçar o controle não apenas na fronteira, mas em todo o processo de imigração — da detenção à remoção. O recém-lançado “Plano de Ação de IA” reconhece a tecnologia como pilar da segurança nacional, e já está sendo aplicada em mais de 200 sistemas operados pelo Departamento de Segurança Interna (DHS). Alguns desses sistemas detectam tráfico humano em tempo real, identificam fraudes e cruzam dados para eliminar atrasos e redundâncias no processamento de casos.
Empresas privadas, como a Airship AI, também colaboram com o governo ao fornecer tecnologias de detecção de objetos e reconhecimento facial para agentes na fronteira. A ideia é transformar o sistema de imigração, ainda baseado em arquivos em papel e processos manuais, em uma estrutura digitalizada, ágil e centrada em resultados.
No entanto, especialistas alertam que a mesma tecnologia pode ser usada de forma inversa sob governos futuros, como um eventual novo mandato democrata. Por isso, o governo Trump quer garantir que essas ferramentas estejam legalmente atreladas a metas de repressão e deportação, evitando que sejam redirecionadas para facilitar a entrada de imigrantes.
Além da IA, a administração defende a ampliação de programas como o ISAP (Programa Intensivo de Supervisão), que oferece alternativas à detenção, e investimentos em centros de detenção permanentes. Para Trump, tecnologia sem vontade política e infraestrutura adequada não basta. A meta é criar um sistema imigratório baseado na força da lei, com deportações rápidas e entrada legal apenas para quem seguir as regras.
Fonte: FOX