O gabinete do prefeito Adams anunciou, na sexta-feira (3), um novo programa piloto destinado a fornecer suporte alimentar às famílias migrantes na cidade de New York. O programa, que será lançado em parceria com a Mobility Capital Finance, visa substituir as caixas de alimentos não perecíveis atualmente fornecidas às famílias indocumentadas hospedadas em hotéis como o Roosevelt.
Segundo o gabinete do prefeito, o programa, denominado “Immediate Response Cards”, começará com 500 famílias com crianças que já residem em hotéis de curta duração. “Forneceremos cartões pré-pagos que poderão ser usados exclusivamente em bodegas, mercearias, supermercados e lojas de conveniência para garantir que o dinheiro seja gasto em alimentos e suprimentos para bebês”, afirmou o gabinete do prefeito Eric Adams. O valor de cada cartão vai variar de acordo com o tamanho da família e se está entrando alguma renda, conforme detalhes do contrato. Uma família de quatro pessoas, por exemplo, poderia receber quase $ 1 mil por mês, o que equivale a $ 35 por dia para alimentação. Os cartões serão recarregados a cada 28 dias.
No entanto, a iniciativa vem sofrendo críticas. O vereador Joe Borelli expressou preocupações, afirmando: “Estamos apenas dando a esta população migrante mais coisas gratuitas às custas dos contribuintes da cidade de New York”. Por outro lado, o gabinete do prefeito argumenta que o programa resultaria em economias significativas para a cidade, estimadas em mais de $ 600 mil por mês, ou mais de $ 7,2 milhões anualmente.
De acordo com o New York Post, o custo inicial do programa piloto é estimado em $ 53 milhões. Wole Coaxum, CEO e fundador da MoCaFi, parceira no programa, afirmou que o objetivo é expandir o acesso a recursos financeiros para indivíduos excluídos do sistema bancário, como requerentes de asilo, ao mesmo tempo que impulsiona a economia local.
Além das considerações financeiras, a qualidade e adequação das refeições nos abrigos locais também têm sido objeto de crítica. O gabinete do prefeito ressalta que o programa não só proporcionaria economia para a cidade, mas também permitiria às famílias comprar alimentos frescos de acordo com suas “culturas alimentares”.
“A cidade de New York liderou a nação na gestão desta crise humanitária nacional, proporcionando compaixão e cuidado a mais de 173 mil migrantes que passaram pelo nosso sistema de admissão pedindo abrigo desde a primavera de 2022”, afirmou o gabinete do prefeito Eric Adams.
No entanto, o defensor da imigração, Power Malu, expressou preocupações, questionando a praticidade do programa. “Comprar comida no supermercado não é mais barato e ainda por cima eles não têm cozinha, então como vão comprar a comida que querem?”, disse Malu.
As famílias que se inscreverem no programa serão obrigadas a assinar uma declaração confirmando que usarão esses cartões para os fins pretendidos, e a cidade afirma que qualquer pessoa que violar os termos corre o risco de ser removida do programa piloto.//AUSA