Milhares de imigrantes cubanos, haitianos, nicaraguenses e venezuelanos ficaram em um limbo imigratório após a decisão do governo de Joe Biden e Kamala Harris em não estender o programa de parole humanitário, que lhes permitia viver e trabalhar legalmente nos Estados Unidos durante dois anos.
A pouco menos de um mês das eleições presidenciais, o governo democrata demonstrou sua incapacidade de administrar a crise imigratória sem precedentes enfrentada pelo país, com a entrada de mais de 10.6 milhões de estrangeiros indocumentados pela fronteira sul desde sua chegada à Casa Branca em janeiro de 2021.
Com a não extensão do parole a mais de meio milhão de imigrantes, a advogada María Herrera Mellado, especialista en imigração, assegura que se “reforça a teoria de que esta administração perdeu o controle da imigração ilegal e desordenada e que, além do mais, facilitou a entrada indiscriminada de pessoas que não atendiam aos requisitos necessários”.
O programa, implantado por Biden em outubro de 2022, cujo objetivo era a redução da imigração ilegal, ofereceu uma via legal aos milhares de venezuelanos que fugiram do regime de Nicolás Maduro, e se estendeu em 2023 a cidadãos de Cuba, Haiti e Nicarágua.
Durante esses dois anos, o parole permitiu a entrada legal de 530,000 imigrantes, entre eles, 210,000 haitianos, 117,000 venezuelanos, 110,000 cubanos e 93,000 nicaraguenses, segundo dados do Departamento de Segurança Doméstica (DHS).
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