Imigrantes detidos em centros do ICE (Imigração e Alfândega dos EUA) em pelo menos sete estados denunciam falta de comida, refeições servidas com atraso, porções minúsculas e alimentos estragados. As queixas coincidem com o aumento expressivo do número de detenções — atualmente, mais de 57 mil pessoas estão presas, 45% acima do limite autorizado pelo Congresso. Casos de intoxicação alimentar foram registrados, como no centro de Tacoma, onde 57 pessoas apresentaram sintomas após consumirem vegetais mal reaquecidos.
Muitos relatam fome constante, perda de peso e falta de canais para reclamar. A redução na equipe do órgão federal encarregado de fiscalizar as condições nos centros piorou a situação. A ONG La Resistencia, por exemplo, recebe entre 10 e 20 ligações diárias com queixas de comida, higiene e até falta de camas. A administração Trump, por sua vez, nega irregularidades e afirma que todos os detentos recebem refeições adequadas supervisionadas por nutricionistas.
Apesar disso, relatos de advogados, familiares e os próprios detidos contradizem a versão oficial. Em El Paso, segundo uma esposa, presos chegaram a receber apenas uma lata de atum por falta de gás. Já em Nova Jersey, um motim teria ocorrido devido à má qualidade das refeições. A previsão é de que o número de detentos aumente ainda mais com a aprovação de um novo pacote bilionário que expande as vagas até 2029.
Fonts: NBC