A Polícia Civil prendeu nesta segunda-feira (19) uma das suspeitas de aplicar o golpe do “Boa-noite, Cinderela” em um turista norte-americano no início deste mês em Copacabana, na Zona Sul do Rio. O turista morreu. Letícia Clara Bento da Silva, de 23 anos, foi encontrada na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
De acordo com a Delegacia de Homicídios da Capital, Letícia agiu com uma comparsa, ainda não foi identificada.
Letícia, segundo a polícia, já é investigada em diversos procedimentos pela mesma prática. Os agentes querem agora identificar a segunda mulher e pedem ajuda da população com informações
Entenda o caso
D’wayne Antonio Morris, de 43 anos, era jamaicano com nacionalidade norte-americana e foi encontrado morto dentro de um apartamento na Rua Bulhões de Carvalho. A polícia suspeita que as mulheres drogaram o turista e o amigo que estava com ele para roubá-los.
Segundo a PM, o amigo da vítima contou que eles chegaram no Brasil na tarde da última quarta-feira (7) e, na mesma noite, foram para a Lapa, na Região Central da cidade. Lá, os dois conheceram duas mulheres e as levaram para o apartamento em Copacabana.
Eles chegaram ao apartamento por volta de 20 minutos após a meia-noite de 8 de agosto. Imagens de câmeras de vigilância mostraram as duas mulheres saindo sozinhas do prédio apenas duas horas depois. Um porteiro pode ser visto deixando-as sair enquanto elas entram em um veículo preto que as aguardava.
Ainda de acordo com o amigo de D’wayne, eles dormiram e quando ele acordou encontrou a vítima já morta em cima da cama e os pertences dele haviam sido levados. Ele correu até o porteiro e pediu ajuda.
Ao ser ouvido pelos policiais, o amigo de D’wayne afirmou que estava confuso e alegou ter ingerido alguma substância que, provavelmente, teria sido oferecida pelas garotas também à vítima
Quem era D’wayne Morris?
Morris vivia em Minneapolis, era pai e fundador da Blue Waters Consulting e da Soul Community Development Corporation. Ele administrava uma carteira de negócios no valor de US$ 14 milhões e estava no Brasil a negócios quando morreu.
Tamatha Richman, companheira de Morris, prestou homenagem ao empresário, dizendo à CBS News na semana passada que “ser parceira de D’Wayne é realmente compartilhá-lo com o mundo”.
Ela contou como a família deles “viajou para vários países” e sempre esteve muito segura, mantendo-se “bem ciente das coisas que são necessárias quando você se torna um viajante internacional”.
“Isso não faz sentido. D’Wayne estava no país há menos de 24 horas. Ele nem sequer havia passado a noite no Brasil”, disse ela sobre seu assassinato. Essa é definitivamente uma situação em que D’Wayne foi o alvo”.
Richman, que está organizando uma celebração da vida de Morris em Minnesota, disse que a família enfrenta vários desafios para trazer seu corpo para casa. Ele será enterrado na Jamaica, onde nasceu, nas terras de sua família.
Fonte: Atlanta Black Star